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Linus Torvalds - Patentes de Software e Processos não fazem sentido

Colaboração: Marcelo Soares Souza

Data de Publicação: 14 de novembro de 2011

Swapnil: Qual é a sua opinião sobre as atuais disputas de direito autoral (copyrights) e patentes?

Linus: Eu penso que as questões de direito autoral, e especialmente as disputas de patentes, se tornam muito desagradáveis muito rapidamente. Especialmente sobre patentes, onde o vencedor fica com tudo em termos realmente insanos - não existe meio termo. Você ganha ou perde. Isto torna as coisas realmente desagradáveis de uma perspectiva legal.

Eu preenchi pelo menos 3 patentes durante o meu tempo na Transmeta. Era sobre hardware então eu estava satisfeito sobre isto. Foi uma experiência interessante. Eu não estou dizendo que eram patentes maravilhosas -- Eu estou dizendo que foi interessante ver a linguagem louca das patentes, que você tem que ter e esta é a razão que você tem que ter um advogado de patentes, porque a linguagem não faz qualquer sentido.

Nos Estados Unidos tecnicamente é Inglês mas realmente não é Inglês. É como usar as palavras em Inglês mas estas tem diferentes significados para eles. Existe todo um conjunto, diferente, de regras sobre o que cada coisa significa quando eles fazem uma aplicação de patente. Como eu disse é uma experiência muito interessante e eu não estou triste por causa disto. Não é horrível como muitas outras patentes.

Eu penso que patentes podem funcionar melhor em outras áreas do que na nossa. Patente de Software? Não. Patente de Processo? Não. Estas não fazem qualquer sentido.

Discussões sobre Direito Autoral pode ficam feias também. Estas tendem a se tornarem "ganhadores tomam tudo" mesmo que na vida real, muitas questões não são preto e branco, estas são algo cinzento. Pessoas fazem as mesmas coisas por razões simples, você só faz algo que faz algum sentido. O código pode até ser desenvolvido completamente diferente e pode parecer similar. Assim, mesmo nos direitos autorais, que é muito melhor que as patentes, as coisas podem ficar desagradáveis.

A SCO foi um exemplo clássico. Quando eles tentaram usar o direito autoral, que acabou por se tornar completamente errôneo em muitas maneiras, e transformou isto em uma batalha legal sórdida. Eles perderam terrivelmente.

O que foi mais irritante em todo este negócio, como um conhecedor do que eles estavam alegando era totalmente falso, foi que levou dez anos para eles perderem. É assustador. 10 Anos! Eu não sei quantos milhões de dólares a IBM e a Novell gastaram lutando com este lixo completamente falso; lutando ações judiciais que não fazem sentido. Literalmente não fazia qualquer sentido. Ao ponto que terminou mostrando que eles sequer tinham os direitos autorais que estavam reivindicando, mas nunca se esqueça que o direito autoral que estes estavam reivindicando nunca foram verdadeiros. Cristo, que caos!

Então o sistema legal e a alta tecnologia não é uma boa combinação. Nos Estados Unidos eles tem júri ao contrário do sistema finlandês, similar ao Alemão, onde se tem profissionais especializados e não júri.

Linus Torvalds sobre a disputa Oracle-Google

Swapnil: Qual é a sua opinião sobre a batalha entre a Oracle e o Google sobre o Android?

Linus: Eu realmente não sei muito sobre isto e é outro exemplo clássico de ações judiciais não sendo tudo isto. Parece-me completamente falso e é um tanto embaraçoso.

Um dos argumentos de defesa, que está sendo usado, é uma postagem do blog do Jonathan Schwartz's falando que está feliz que o Google está usando a tecnologia deles e o fato de que a companhia, depois de ser vendida alguns anos depois, dá a volta e processa o Google por usar sua tecnologia -- isto meio que diz para você que "OK, existe algo de errado acontecendo".

Eu realmente não sei os detalhes. Quero dizer, Java eu realmente não me importo. Que linguagem horrível. Que Máquina Virtual (VM) horrível. Então, estou como sempre, estão latindo sobre toda esta porcaria, vá embora. Eu não me importo.

Original em inglês, de autoria de Swapnil Bhartiya

Tradução publicada no blog do autor

Ubuntu rodará em tablets, smartphones e TVs

O sistema operacional Ubuntu, baseado em Linux, já prepara sua entrada no mercado de tablets, smartphones e TVs inteligentes. Mark Shuttleworth, fundador da Canonical, produtora do Ubuntu, afirmou em seu blog que a empresa já vem discutindo parcerias com fabricantes de hardware há mais de 18 meses. Porém, segundo Shuttleworth, a Canonical continuará trabalhando na atualização do Ubuntu 12.04 até o mês de abril de 2012, e somente após esse período é que a empresa dará maior enfoque aos dispositivos móveis.

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