coluna do aurélio 02 ICQ http://aurelio.net/doc/coluna olás. após a introdução rápida da edição passada, vamos passar ao campo prático, com dicas de execução de uma tarefa bem comum de nossos dias conectados: conversar pelo ICQ. bem, como o protocolo do ICQ é algo relativamente simples de ser implementado, vários clones apareceram para linux. dos que conheci, destaco 3 clientes de ICQ que servem para todos os gostos: `mICQ`, orientado a linha, simples e poderoso, `zicq`, que hoje se chama `krolden ICQ`, é o `micq` em tela cheia, mas com funcionalidades reduzidas e o `centerICQ`, que usa o conceito de menus. todos estes programas podem ser encontrados em http://freshmeat.net/appindex/Console/Communication.html o `mICQ` é aconselhado para sessões remotas com conexão lenta, como em contas linux gratuitas que existem na internet. é bem simples, as mensagens vão pipocando e rolando na tela, bem como os avisos de pessoas que estão on line. a adição de pessoas novas em sua lista e configurações gerais como retirar a cor ou redefinir os comandos são colocadas no arquivo `~/.micqrc`. sua principal vantagem é ser simples e funcionar em qualquer tipo de terminal. o `zicq` é basicamente uma carinha mais amigável do `mICQ`. o código foi reescrito utilizando-se a biblioteca `ncurses`. esta biblioteca é para programas de modo texto utilizarem tela cheia, bem como trabalhar com janelas e áreas distintas numa mesma tela. a vantagem é que você pode ver sua lista de contatos, com os estados atuais de cada um, além de haverem áreas específicas para ler e para escrever mensagens. amigos podem ser adicionados à sua lista com o comando `add`, mas outras configurações são feitas no arquivo `~/.zicqrc`, inclusive o arquivo de som, para você ouvir aquele "á-ou" quando chega uma mensagem nova. este é o que eu uso diariamente e fora umas quebras eventuais na conexão, funciona que é uma beleza. para os amantes de programas de menu, como `minicom`, `mc` e `emacs`, há o `centerICQ`, que é bem mais organizado e intuitivo de usar que os outros icqs de modo texto, pois além das áreas da tela separadas, seus comandos são divididos em menus, acessados pelas teclas de função do teclado. o lado negativo dessa "janelização" de todas as funções é que se demora mais para mandar uma mensagem ou obter algum informação, pois ao invés de digitar um comando direto, você tem que obrigatoriamente seguir menus. sua configuração é separada em arquivos no diretório `~/.center` e ele já vem com os arquivos de som para mensagens e notificações. estes clientes de icq não possuem todas as funcionalidades do icq original, como chat, envio de arquivos e integração com o navegador, mas na característica principal de enviar e receber mensagens rapidamente, não há do que reclamar. voltando ao `zicq` e seu problema de queda de conexão, usamos um artifício do shell para que ele sempre se reconecte quando caia, o "laço". digite na linha de comando ou coloque no seu `~/.bashrc` a linha: alias icq="rm -f /tmp/zicq; while [ ! -f /tmp/zicq ]; do zicq; done" aqui temos vários conceitos do `bash`, o primeiro é o `alias`, onde você define um apelido para um comando. seu sistema já tem alguns, digite `alias` para vê-los. então sempre que você digitar `icq`, o bash executará o comando entre aspas duplas. o comando em si apaga <`rm -f`> um arquivo de trava <`/tmp/zicq`> e enquanto <`while`> este arquivo NÃO existir <`! -f`>, o zicq será executado. agora nosso `zicq` é quase eterno. para derrubá-lo, temos que criar <`touch`> o arquivo de trava e matar <`killall`> o zicq ativo. alias icqk="touch /tmp/zicq ; killall zicq" este foi um pontapé inicial para o uso do icq no modo texto, escolha seu preferido e não fique mais incomunicável. sugestões para temas das próximas colunas são bem-vindas. -- este texto pode ser copiado livremente na íntegra ou em parte, desde que indicado o endereço do original: http://aurelio.net/doc/coluna