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Colaboração: Miguel Galves
Data de Publicação: 03 de September de 2008
Há algum tempo atrás, eu escrevi aqui sobre a nova especificação do Javascript, oficialmente conhecida como ECMAScript 4.0. Esta versão pretendia modernizar a linguagem, que estava congelada desde 1999 na versão 3.0 (também conhecida como Javascript 1.5). Na semana passada, esta versão foi oficialmente abandonada: o motivo foi uma longa batalha, que colocou em campos opostos alguns grandes players da internet mundial.
Entre as empresas que apoiavam a versão 4.0, estavam Google, Mozilla (que inclusive criou o projeto Tamarin, cujo objetivo foi criar uma implementação de um engine JS 100% compatível com esta nova especificação), e Adobe. Esta última tinha um interesse especial nesta nova especificação, já que internamente, seus engenheiros chamavam a nova versão de ActionScript 3.0.
ActionScript é, como todos sabem, a linguagem utilizada para desenvolver programas em Flash, tecnologia amplamente adotada na Internet. A Adobe tinha como planos fazer com que a nova especificação de Javascript fosse compatível com a sua própria linguagem de script. Conseguiria assim dois feitos: primeiro, rebateria as críticas daqueles que a acusavam de querer tornar a web um mundo proprietário. Segundo (e talvez o feito mais importante), unificaria as duas mais populares tecnologias das duas tecnologias da Internet moderna: Flash e a linguagem que se tornou o pilar básico do AJAX e por consequência da tão falada Web 2.0.
Do outro lado desta batalha, estava nada menos do que a poderosa Microsoft, que luta para se firmar como uma empresa com um real poder de fogo e de influência sobre a grande rede mundial. Oficialmente, o argumento é de que a nova especificação representa uma evolução muito radical em relação à versão anterior, e que o melhor seria focar em desenvolver uma versão 3.1 inicialmente, e depois trabalhar em uma versão mais modesta da especificação 4.0. Devo dizer que concordo com a opinião de que a nova especificação era muito complexa, introduzindo uma quantidade bastante grande de conceitos e palavras chaves.
Mas a realidade é que a Microsoft, representada por Allen Wirfs-Brock, não quer ver uma outra empresa impor sua tecnologia como standard da Internet. E por enquanto conseguiu, como mostra o este trecho do comunicado oficial de Breidan Eich, membro do comitê executivo para definição da ECMAScript:
Texto original em Log4Dev
Miguel Galves é autor e editor do blog Log4Dev. Procurando emprego 2.0? Conheça o Job4Dev
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