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O SWING do SWOT

Por Jefferson Santos

Data de Publicação: 20 de Julho de 2021

Balançar é o movimento do SWING. Um ritmo gostoso de se dançar. Também requer equilíbrio, controle, variação de posições e de passos. SWING é uma cadência que lida e absorve mudanças: RITMO, MUDANÇA, EQUILÍBRIO e CONTROLE.

SWOT é uma avaliação estratégica. É uma verificação de condições sobre MUDANÇA. EQUILÍBRIO de forças e de competências é outro resultado encontrado por quem avaliar uma empresa, um ou mais setores dessa mesma empresa. Nela busca-se avaliar as competências técnicas e profissionais de seus funcionários. Já o CONTROLE ocorre quando a avaliação SWOT sugere -ou impõe- MUDANÇAS, sejam nos passos ou sejam no ritmo de atividades ou de processos.

Tem-se, por essa perspectiva, que o método SWOT é uma consideração de FORÇAS, de FRAQUEZAS, de OPORTUNIDADES e de AMEAÇAS. Esse método de avaliação estratégica deve ser usado com frequência por líderes organizacionais e por gestores setoriais. Convém que seja feita não só ao se defrontar como riscos iminentes mas, também, ao se deparar com desafios inusitados ou corriqueiros.

O SWOT tem o seu SWING por causa de mudanças nos cenários externos que possam afetar a produtividade dos setores internos de uma empresa.

Assim, a FORÇA de uma empresa (setor) tanto pode ser consistente ou perene como pode variar. O gestor busca, assim, o EQUILÍBRIO e o CONTROLE. Uma equipe de vendas entrosada pode ser a FORÇA de uma empresa. A MUDANÇA poderá ocorrer com o afastamento dos melhores membros dessa equipe. Seja momentaneamente por motivos de férias ou definitivamente por melhores oportunidades em outras empresas, esse afastamento causará um DESEQUILÍBRIO. O líder ao substituir e promover a capacitação para elevar os novos ao mesmo nível dos que saíram exercerá o CONTROLE e solução da situação.

Uma FRAQUEZA comum nas empresas é a falta de coordenação entre os setores internos. Normalmente isso ultrapassa os limites físicos da empresa e se denuncia para fornecedores, parceiros e clientes.

A ARRITIMIA por intermédio da qual se evidencia a FRAQUEZA impõe sérios DESEQUILÍBRIOS na produtividade dos setores da empresa como um todo. Antes de evoluir para graus mais elevados de risco, convém que os líderes setoriais busquem a harmonia e o EQUILÍBRIO entre ações e processos executados entre os setores cuja sequência, cadência e fluxo retornem à situação ao EQUILÍBRIO harmônico e que permita o CONTROLE -com regularidade- por cada ELO envolvido.

FRAQUEZAS de qualquer origem, natureza, tipo ou grau de ocorrência em uma organização (empresa) requerem constante acompanhamento e intervenções corretivas oportunas. O hábito de se estabelecer FEEDBACK entre todos os envolvidos facilita, sobremaneira, o CONTROLE e o início de ações corretivas oportunas para, então, retornar eventuais disfunções ou rupturas -em procedimentos ou em processos- ao ponto de EQUILÍBRIO.

Quando se volta o olhar para fora do âmbito das empresas depara-se com desafios e com problemas que fogem da possibilidade de intervenção direta ou do CONTROLE dos líderes da empresa.

OPORTUNIDADES e AMEAÇAS são dimensões a partir das quais ações e planos estratégicos podem ser adotados e aplicados com sucesso.

OPORTUNIDADES do ambiente externo tanto servem para alavancar e consolidar elementos de FORÇA da empresa como, também, são apropriadas para se corrigir e retornar ao EQUILÍBRIO harmônico as FRAQUEZAS.

A OPORTUNIDADE de participar de uma "holding", ou de um consórcio ou, ainda, de um condomínio de empresas da mesma natureza de produção e de entrega de bens ou de serviços pode alavancar e consolidar competências e produtividade da destacada equipe de vendas, mesmo na possibilidade de ela, eventualmente, se tornar uma FRAQUEZA.

AMEAÇAS incidem sobre as fragilidades. As FRAQUEZAS identificadas em uma empresa devem ser objeto de acompanhamento e de CONTROLE por parte não só dos líderes como, também, dos funcionários dos setores que, eventualmente, possam ser afetados pela fraca coordenação existente entre eles. Tal falha nessa coordenação é o que normalmente se revela para o público externo da empresa.

Imagine-se, como exemplo, que em uma empresa haja setores deslocados, afastados geograficamente entre si, ainda que na mesma cidade. Imagine-se, ainda, que os setores de marketing e de vendas precisem, com certa urgência, de material e de informações para se concluir uma venda para novos clientes. Tal material encontra-se geograficamente no lado oposto da cidade, do bairro onde o escritório -que reúne a parte administrativa de empresa- está localizado.

Quais motivos levariam a esse afastamento?

Podendo ser por necessidade de espaço, ou melhor acessibilidade de veículos de carga, ou necessidade de segurança ou, ainda, por outras vantagens estratégicas a empresa avaliou estrategicamente instalar seu o armazém naquele afastado bairro da mesma cidade.

As práticas que evidenciam a FRAQUEZA da empresa denunciam a falta de contato entre os setores internos, ou seja, os setores da área administrativa não se articulam bem e com antecipação com os setores da área operacional.

A AMEAÇA do ambiente externo ocorre em períodos de engarrafamentos, o que prejudica, sobremaneira, a mobilidade urbana. Então, as chances de o setor de Marketing e o de Vendas não ter, em tempo oportuno, o material demandado para atender o cliente são altas. Essa AMEAÇA incidindo sobre a FRAQUEZA tem o potencial de prejudicar não só a venda como, também, a imagem da empresa como um todo.

Apesar de longa essa narrativa ela tem o objetivo de se trazer para a realidade de empresas de médio e pequeno porte, o entendimento e a aplicabilidade de uma avaliação SWOT.

Ao longo de minha carreira passei por situações semelhantes e, apesar dos frequentes percalços, logrei êxito e sucesso. Com essa experiência, quais seriam as sugestões que posso repassar considerando a constante variação do cenário externo e o SWING que ele possa impor à gestão estratégica de uma empresa?

  • Obter e ampliar o CONHECIMENTO sobre as condições e peculiaridades do ambiente externo da empresa em busca de OPORTUNIDADES que possam alavancar a FORÇA da empresa ou mesmo interferir positivamente nas competências e na produtividade tanto dos setores como dos funcionários;

  • Conhecer e disseminar entre os demais setores da empresa as eventuais dificuldades que qualquer um dos setores dessa mesma empresa esteja passando. O intuito é evidenciar as FRAQUEZAS e se antecipar formas de compensação, correção ou de mitigação dos problemas para alavancar a produtividade daqueles setores eventualmente afetados;

  • Estimular a melhoria da comunicação e coordenação entre os setores contribuindo para adoção de métodos e de emprego de meios que ampliem a comunicação entre eles. Enfatizar a importância da troca contínua de informações entre os setores e não somente entre os setores ligados diretamente aos fornecedores ou aos clientes;

  • Procurar estar à frente das situações e das complexidades buscando, na medida do possível, a parceira dos setores para as soluções dos problemas e desafios que se apresentarem.

Espero que essas análises e contribuições possam ajudar aqueles que vierem a se deparar com desafios estratégicos na gestão de suas atividades organizacionais.

Continuado sucesso a todos.

Esse é um artigo original do autor e Professor Jefferson W. Santos MSc.

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Simples e perfeito. Muito obrigado por compartilhar o conhecimento!

Sobre o autor

Jefferson Wanderley dos Santos atualmente é Professor, Consultor, Palestrante e Facilitador. Foi piloto militar e civil em mais de 15 aeronaves (aviões e helicópteros) de diferentes tipos e piloto offshore (SK-76C) na Líder Aviação. Possui, no total, mais de 5.000 horas de vôo. Possui ampla experiência em Planejamento Institucional com base em Avaliação de Cenários (organizacional e institucional: Brasil e América do Sul) atuando em treinamentos como orientador de diplomatas civis e militares no módulo Peace Operations Executive Seminar do Pearson Peacekeeping Centre no Interamerican Defense College em Washington - DC - USA e no módulo Large Scale Emergencies and Desasters Seminar também no Interamerican Defense College em Washington - DC - USA. Possui ampla experiência em Consultoria para organizações do Comando da Aeronáutica na área de Gestão Estratégica de Recursos Humanos. Proferiu palestras sobre Gestão de Recursos Humanos na Aeronáutica para militares dos países das três Américas e Caribe no 27º Comitê de Gestão de Recursos Humanos e Ensino em Winnipeg, Manitoba, Canadá.

Proferiu palestras sobre o Brasil e seus cenários social, político e econômicos para diplomatas civis e militares do Interamerican Defense College e National Defense University, ambos na cidade de Washington - DC - USA no ano de 2007; foi coordenador acadêmico no Interamerican Defense College, Washington- USA, 2007 a 2008; foi professor-chefe do Curso de Política e Estratégia Aeroespaciais na Universidade da Força Aérea RJ no ano de 2009; possui ampla experiência em Assessoramento e Avaliação de Processo Decisório para funções de assessoria, chefia e direção de organizações do Comando da Aeronáutica.

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