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Não sei se rio ou choro: Sou patrão

Por Ivan Postigo

Data de Publicação: 16 de Fevereiro de 2012

Num país com um mercado tão complexo como o nosso e um sistema tributário tão perverso, porque alguém se torna empresário?

Diria, pelas mesmas razões que em qualquer lugar do mundo: por poder, dinheiro, liberdade e criação.

Vou descartar a comparação que me enviaram há algum tempo, retirada de um romance, em que a garota dizia: "Sonho em crescer e ser professora para poder atormentar a molecada".

Não acredito que nenhum patrão, em função de sua posição, tenha esse prazer!

É estranho pensar que ninguém escolhe ser patrão para ficar rico, mas se quiser ficar rico terá que ser seu próprio patrão e correr muito risco.

Como a impaciência é seu combustível, a fome de liberdade o leva a criar, inventar, sabendo que esta, na sua essência, é uma transgressão, assim como toda obra de arte.

Há uma série de questões que devem ser levantas, pois fazem parte da vida do patrão e poucas vezes são entendidas.

O que não posso delegar como empresário?

"A definição do horizonte para o qual a empresa se dirige e a correta comunicação à equipe".

Que certeza devo ter na administração do meu dia-a-dia?

"No momento em que a empresa está em crise ninguém decide nada, eu tenho que apontar a direção a seguir".

O que é comum a todas as empresas, com ou sem fins lucrativos, e não devem ser confundidos?

Homens, ação e dinheiro.

Qual a melhor combinação a fazer, e por que não devem ser confundidos?

Homens e ação, produzindo o dinheiro! Não perca seu tempo imaginando outra forma. Já vi amontoados de pessoas desperdiçando um monte de dinheiro, sem produzir nenhuma ação, a não ser essa.

O que enlouquece sua equipe? Sim, há coisas que os deixam "pirados" também!

Não entender que a maioria dos empresários não é formada por intelectuais, mas por homens de ação. Poucos formalizam suas idéias por escrito.

O que enlouquece os empresários? Ops, agora chegou nossa vez!

Constatar que quando o poder cresce em extensão, diminui em eficácia! Todo patrão que viu a sua empresa crescer, já experimentou a terrível frustração de perda de poder.

Teve que delegar, inevitavelmente, de preferência aquilo que não sentia conforto em realizar, mas, -sempre tem um "mas" - tendo que levar as pessoas a gostar de desenvolver aquela atividade!

Qual é a obsessão dos empresários em qualquer parte do mundo?

Expansão, rentabilidade e segurança. Eta coisas complicadas de equacionar!

O que o patrão deve sempre se lembrar? Bom, seria interessante se lembrasse...

Ele não deve decidir para ter razão, mas para ter êxito!

Conta a história que Ronald Reagan, conhecido como um homem de poucas idéias e de um governo brilhante - questione quem quiser -, tinha em sua mesa uma placa com os seguintes dizeres: "Não há limites para o que um homem pode realizar, desde que lhe seja indiferente saber quem terá o crédito".

Patrões geniais são cansativos para seus colaboradores, então sábio será se cercar de bons profissionais.

Em geral, boas idéias podem ser encontradas nos quatro cantos da empresa, contudo, sem organização, sem tempo adequado, sem uma boa equipe, atazanados pelos problemas, o lugar menos provável onde nós iremos procurá-las será entre nossas duas orelhas!

O que o patrão não deve se esquecer?

Que dirigir uma empresa é uma profissão de homens livres, e essa liberdade se mede com precisão: a unidade de medida é o dinheiro!

Para encerrar, permitam não apresentá-los a esses meus dois amigos, sobre o qual falarei, para que possamos deixar nossos egos e pessimismos de patrão de lado:

Depois de um dia de muito trabalho, nos encontramos e um deles me diz: - Jamais alguém me sucederá à altura, depois de mim virá o dilúvio. Nada restará!

O outro, muito pessimista, ao se levantar para partir diz: - A vida de empresário é dura, e depois a gente morre!

Rio ou choro?

Sobre o autor

Ivan PostigoIvan Postigo é economista, contador, pós-graduado em controladoria pela USP. Vivência em empresas nacionais, multinacionais americanas e européia de lingotamento de aço, equipamentos siderúrgicos, retroescavadeiras e tratores agrícolas, lentes e armações de óculos, equipamentos de medição de calor, pilhas alcalinas, vestuários, material esportivo, refrigerantes, ferramentas diamantadas , cerâmicas, bebidas quentes, plásticos reciclados, hotelaria e injeção de plásticos. Executivo nas áreas fabril, administrativa/financeira, marketing e vendas. Escreve artigos com foco nos aspectos econômicos e de gestão das empresas para jornais e revistas. Desenvolve consultoria e palestras nas áreas mercadológica, contábil/financeira e fabril. Autor do livro: Por que não? Técnicas para Estruturação de Carreira na área de Vendas.

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