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Ninguém precisa aceitar conselhos e orientações, apenas aguentar as conseqüências

Por Ivan Postigo

Data de Publicação: 29 de Junho de 2011

— Menino, estude!

— Maria, não seria interessante procurar um especialista para analisar essa operação, antes de fechar o contrato?

— José, não compre essa máquina à vista, financie! O saldo de caixa é pequeno, vai nos fazer falta no inicio do ano quando as vendas caem.

— Antonio, use o dinheiro para fazer faculdade, depois você compra o carro!

— Mariano, você precisa de um profissional competente para gerenciar a fábrica, não adianta colocar parentes, todos, no final, saem perdendo.

— Marina, vá mais devagar, esta estrada é perigosa, todos os dias os jornais dizem...

— Pedrinho, ta chorando porque caiu? Todo mundo avisou! Ah, menino, não quer ouvir? Todo mundo ta sabendo!

— Filho, leva o guarda-chuva!

— Guarda-chuva, mãe?

— Todo molhado? Falei que ia chover, não quis me ouvir!

Não, não quis. Poucos querem!

Assim é a vida. Oportunidades, riscos, medos, determinação, teimosia.

Uns fazem, outros não.

Poucos sabem muito, alguns, pouco sabem, e muitos sabem muito pouco!

Por essa razão, orientação e conselhos são importantes.

Diz o velho ditado que se conselho fosse bom ninguém dava, vendia, não é verdade?

Ora, essa também é a razão do sucesso de algumas dicas básicas, pelas quais se cobra e, às vezes, muito!

Seu amigo não quis ouvi-lo, apesar de trabalharem juntos há mais de uma década, e decidiu pagar para fazer um curso que não resolveria as necessidades. Agora está irritado.

Isso nada mais é do que as consequências.

Maria só chora e não vê saída. Assinou o contrato, fechou a operação, só agora se deu conta que o negócio não era bem como pensava. Tinha umas letrinhas que deveria ter lido!

Desistir? Como? A multa é pesada!

Simples consequências!

Pedrinho está com o braço engessado e o campeonato para ele acabou.

A mãe já avisou que essa é só a primeira consequência, se não se comportar verá a segunda: a bicicleta se transformará em parte do pagamento da fisioterapia.

Você trabalha em uma empresa onde todos têm razão, mas ninguém age ou toma decisão. Acertei?! Era só um exemplo para continuar a conversa, não tinha essa intenção, não!

Anda pensativo, já não sabe mais o que fazer?

Bom, não sei se faço uma sugestão, dou uma dica, conselho ou orientação...

Como você reagiria se fosse uma delas ou apenas um palpite?

Qualquer coisa que eu faça já sei: terei que aguentar as consequências.

Como amigo, e amigo que se preza corre alguns riscos para ajudar, então lá vai, ok?

Avalie as consequências.

Vale a pena falar? Fale!

É importante insistir? Insista!

Você faz parte da equipe, sua participação nos trabalhos é fundamental, ainda que suas idéias possam não ter o acolhimento que gostaria. Dessa forma é melhor aguentar as consequências da participação do que da omissão.

Não queria ter ouvido isso? Todo mundo diz a mesma coisa?

Simples, decida o que fazer e aguente as consequências!

Sobre o autor

Ivan PostigoIvan Postigo é economista, contador, pós-graduado em controladoria pela USP. Vivência em empresas nacionais, multinacionais americanas e européia de lingotamento de aço, equipamentos siderúrgicos, retroescavadeiras e tratores agrícolas, lentes e armações de óculos, equipamentos de medição de calor, pilhas alcalinas, vestuários, material esportivo, refrigerantes, ferramentas diamantadas , cerâmicas, bebidas quentes, plásticos reciclados, hotelaria e injeção de plásticos. Executivo nas áreas fabril, administrativa/financeira, marketing e vendas. Escreve artigos com foco nos aspectos econômicos e de gestão das empresas para jornais e revistas. Desenvolve consultoria e palestras nas áreas mercadológica, contábil/financeira e fabril. Autor do livro: Por que não? Técnicas para Estruturação de Carreira na área de Vendas.

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