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O gestor como pedra angular

Por Ivan Postigo

Data de Publicação: 07 de Dezembro de 2010

Você já parou para pensar qual é o papel dos gestores nas nossas empresas?

Unir e dar sustentação ao processo gerencial?

Manter-se como base de uma "edificação" onde repousa a ordem?

Garantir o equilíbrio de uma estrutura?

Seria o papel exercido pelos gestores o mesmo das pedras angulares?

É verdade, esta imagem é bastante utilizada nos escritos religiosos, mas fiquemos com o foco arquitetônico e de engenharia. A tônica é a mesma.

Vamos encontrar, com freqüência, duas explicações para a função da pedra angular, às quais os gestores sem moldam bem.

Não farei uma escolha, as duas atendem este propósito.

Na primeira definição temos como pedra angular

aquela que faz esquina em um edifício, juntando e sustentando duas paredes.

São blocos retangulares que sustentam ambas as paredes, para que entrelaçadas descansem em ordem.

Não é essa a condição de qualquer edifício?

Ao desafiar a natureza, a necessidade provocou a criatividade que colocou, nos arranha-céus, pêndulos que funcionam como amortecedores dos movimentos provocados pelos ventos.

A segunda definição está ligada aos arcos. Uma idéia notável para construí-los.

A pedra angular é uma pedra posicionada estrategicamente em determinado local da estrutura de uma construção, com o fim de equilibrar as partes que a compõe.

Seu uso, normalmente, é demonstrado na construção de arcos de pedra. Os arcos construídos com blocos de pedras se encaixam sem o uso de argamassa e mantém-se em equilíbrio com uma pedra em forma de cunha colocada na parte superior deste, entre as metades.

Não é este papel dos gestores, união e sustentação?

Puristas poderiam dizer que a sustentação dos arcos reside nas colunas e não na pedra em forma de cunha. Para ver sua importância basta retirá-la.

Assim podem ser os gestores, ao exercerem um papel de substancial importância, sem que, efetivamente, tenham que atuar como pilares, função que pode e deve, muitas vezes, delegar.

Haverá sempre o momento e a conveniência estratégica para atuar como bloco de esquina ou pedra em cunha para que a edificação se apresente firme e segura.

Em uma edificação não há pedra sem importância. As funções são definidas pela arquitetura.

Sobre o granito, por sua resistência, andamos, ao mármore atribuímos o encargo do luxo e beleza, ao barro a função de nos proteger.

Suas versatilidades também os levam a trocar de posições. Assim são os gestores, nascidos ou formados pedras. Nascem e se fazem líderes e comandantes.

Visão de futuro, comprometimento, dedicação, lealdade, entusiasmo, persistência, sociabilidade, transparência, poder de motivação, são materiais que compõem as pedras que com o tempo ganham essa distinção.

Nem mesmo duras rochas garantem a sustentabilidade de um projeto ruim, por isso arquitetos e engenheiros competentes também devem ser enaltecidos. Estes precisam, antes de tudo, identificar as pedras sobre as quais depositarão confiança para criarem suas obras de arte.

O que dizer, então, dos gestores, plurais nas funções, mas, fundamentalmente, singulares pedras angulares?

Sobre o autor

Ivan PostigoIvan Postigo é economista, contador, pós-graduado em controladoria pela USP. Vivência em empresas nacionais, multinacionais americanas e européia de lingotamento de aço, equipamentos siderúrgicos, retroescavadeiras e tratores agrícolas, lentes e armações de óculos, equipamentos de medição de calor, pilhas alcalinas, vestuários, material esportivo, refrigerantes, ferramentas diamantadas , cerâmicas, bebidas quentes, plásticos reciclados, hotelaria e injeção de plásticos. Executivo nas áreas fabril, administrativa/financeira, marketing e vendas. Escreve artigos com foco nos aspectos econômicos e de gestão das empresas para jornais e revistas. Desenvolve consultoria e palestras nas áreas mercadológica, contábil/financeira e fabril. Autor do livro: Por que não? Técnicas para Estruturação de Carreira na área de Vendas.

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