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Um gestor na escola dos insetos

Por Ivan Postigo

Data de Publicação: 06 de julho de 2010

Nascemos totalmente dependentes, sem cuidados especiais não sobrevivemos.

Aprendemos e nos desenvolvemos seguindo exemplos dos nossos semelhantes, e também de animais, plantas e insetos.

A princípio por lembrança, pintura, depois pela escrita desenvolvemos uma cultura.

A escassez, dura e benéfica, estimula a imaginação e provoca a observação para a busca de recursos e meios de proteção.

A fartura, em demasia, nos torna lentos, acomodados e desprotegidos. Assim tem sido a história.

Pássaros, ao enterrar sementes, em quantidade maior que consomem, criam florestas. Abelhas, pelo continuado esforço de produção, alimentam homens e animais em um processo ativo.

E o homem?

Este oscila entre a sabedoria da poupança e a negligência da gastança.

Para muitos, quando não o tempo, Deus proverá!

O amanhã não é certo ou incerto, apenas o amanhã. A incerteza está na forma como nos preparamos para recebê-lo.

Ouço e leio com freqüência pessoas falando sobre carreira.

Carreira, como se fosse apenas um longo caminho sem destino.

Uma abelha, ainda que visitasse todos os dias as mesmas flores num campo escasso, não produziriam mel suficiente para a colônia. Ainda que inseto, esta sabe que terá que voar para lugares distantes para ter sucesso. Continuamente, garantido o resultado, sem projetar expectativas.

O homem, em seu empreendimento, tem muitas lições para aprender com esta pequena vida.

Quantas vezes como abelhas não visitamos os mesmos clientes, em um campo escasso e exaurido, insistindo por pura teimosia, sem sabedoria.

Valemo-nos do pensamento positivo e exageramos, onde crer é poder. Poder crer é exercício do livre-arbítrio, mas é necessário bom senso no seu empreendimento.

O pensamento positivo pode nos levar longe suficiente para que o retorno seja negativo.

Pode parecer uma maneira estranha de encarar um processo motivacional, mas garanto que não é.

Você saltaria se tivesse dúvidas quanto à qualidade de seu paraquedas naquele momento, porque ele nunca falhou e usaria o pensamento positivo?

Estou seguro que não. Saltaria com um paraquedas novo ou não o faria, deixando o pensamento positivo ao lado do velho.

Ora, então como tratar situações como essa?

Bom, você diria: - O raciocínio do paraquedas entendi, mas o que os insetos tem a ver com isso?

Uma das grandes lições que nos dão é a do processo construtivo.

Para estes, hoje é o exercício para o amanhã.

Todo processo é construtivo e preventivo. Agem efetivamente num processo de contingência.

Alternativas e reservas são seus grandes aliados.

Sem esmorecer, em uma consistente e persistente prospecção deixam grandes lições.

Alguns elementos procuram, enquanto informam aos que coletam, que entregam aos que produzem, que alimentam aqueles cuidam.

A abundância e escassez regulam o tamanho das colônias, mantendo a segurança e satisfação para perpetuação.

Sem negativismo ou positivismo, aproveitando oportunidades, com construtivismo.

O gestor na escola dos insetos tem muito a aprender sobre prospecção, observação, reação, trabalho e produtividade.

Uma delicada transição do pensamento positivo para o pensamento construtivo.

Sobre o autor

Ivan PostigoIvan Postigo é economista, contador, pós-graduado em controladoria pela USP. Vivência em empresas nacionais, multinacionais americanas e européia de lingotamento de aço, equipamentos siderúrgicos, retroescavadeiras e tratores agrícolas, lentes e armações de óculos, equipamentos de medição de calor, pilhas alcalinas, vestuários, material esportivo, refrigerantes, ferramentas diamantadas , cerâmicas, bebidas quentes, plásticos reciclados, hotelaria e injeção de plásticos. Executivo nas áreas fabril, administrativa/financeira, marketing e vendas. Escreve artigos com foco nos aspectos econômicos e de gestão das empresas para jornais e revistas. Desenvolve consultoria e palestras nas áreas mercadológica, contábil/financeira e fabril. Autor do livro: Por que não? Técnicas para Estruturação de Carreira na área de Vendas.

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