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Experiências com Conectiva 7.0 e Windows

Colaboração: Carlos Froldi

Data de Publicação: 16 de Novembro de 2001

Estou repassando para vocês uma experiência bem interessante que o Carlos teve em seu micro rodando Windows e Conectiva 7.0. Vale a pena ler...


Estou escrevendo para descriminar o ocorrido com o meu PC; há mais ou menos 2 meses atrás tive alguns problemas com o cooler do processador, o mesmo deixou de funcionar, e para minha infelicidade eu trabalhei aproximadamente 2 semanas com o meu PC desta forma, quando percebi o que havia acontecido eu troquei o cooler e reinstalei a minha máquina novamente pois o Windows havia acusado problemas neste meio tempo e eu também queria instalar o conectiva 7.0, já que eu tinha um dual boot na minha máquina (Windows 98 e Conectiva 6.0).

Instalei o Windows 98 e o Linux Conectiva 7.0. Depois de 3 dias utilizando a máquina eu tive problemas com arquivos de registro do Windows ( System.*, User.*, Hymem.*) e o mesmo precisou ser reinstalado para voltar a funcionar, mas sempre que após a instalação o mesmo funcionava no máximo 3 dias, eu tentei de tudo, instalei Windows 98, ME, NT e 2000 (Server, Workstation e Professional). Nenhuma destas instalações durou mais do que 3 dias funcionando.

Comecei então a desconfiar que o problema causado pelo super aquecimento tinha afetado o meu hardware, mas então por que motivo o meu Conectiva Linux funcionava corretamente e não apresentava nenhum problema? Verifiquei a BIOS do meu micro e encontrei na mesma a funcionalidade que me ajudou a entender o ocorrido. Minha placa mãe é uma PChips 748 LMRT e possui em sua BIOS a função Hardware Monitor que nos possibilita verificar a que voltagens trabalha a placa mãe.

Nesta opção a bios nos oferece os seguintes controles:

Temperatura da CPU, Vcc 5 V, Vcc 3,3 V, Vcc 2,5 V e também a velocidade do cooler. (lembrando que apenas podemos visualizar estas opções não podendo assim alterar as mesmas)

Percebi que a tensão Vcc 3,3 V acusava um valor de 3,52 V e a tensão de 2,5 V acusava uma tensão de 2,75 V. Preocupado entrei em contato com o suporte da empresa PChips, os mesmos me responderam que apesar de ter sido produzida para trabalhar dentro das tensões descritas ( 5, 3,3 e 2,5), existia uma tolerância de variação de tensão e a placa poderia estar trabalhando com estas novas tensões sem maiores problemas e ainda me disseram que se houvesse realmente alguma implicação no funcionamento da placa ao entrar na opção de Hardware Monitor eu seria notificado com uma mensagem de alerta ( o que não está acontecendo!!!).

Resumindo, mesmo a minha placa não estando com problemas (apenas sofreu alterações nos seus níveis de tensão, o que não impediria o perfeito funcionamento dos seus componentes) o Windows passou a não funcionar mais com a mesma, ou seja se a minha máquina fosse de uso exclusivo da plataforma de sistemas operacionais da Microsoft eu teria que na melhor das hipóteses trocar a placa mãe, pois o Windows não conseguiu se adequar as alterações sofridas na minha placa, enquanto o Linux ( distribuição Conectiva) funciona normalmente como se não tivesse acontecido nada com a minha placa.

Acredito ser este mais um ponto positivo para o Linux.


A seguir, uma mensagem do Wanderlei Antonio Cavassin, da Conectiva, esclarecendo mais o assunto:


Uma explicação plausível é que o Linux executa uma instrução do processador informando-o que ele pode entrar em suspensão quando o mesmo não está sendo utilizado (idle call). Não confundir com os recursos de gerenciamento de energia que o sistema executa depois de um certo tempo.

Esta chamada do processado ocorre muitas vezes em cada segundo, dependendo é claro do que o sistema está processando. Até onde eu sei, o Windows não executa essa instrução, o que faz com que o processador gaste mais energia e esquente mais.

Wanderlei Antonio Cavassin Conectiva Linux

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